Grafos e Bioinformática
Os indiscutíveis avanços da Biotecnolgia, aliados aos avanços da Biologia Molecular, em particular no desenvolvimento de técnicas de seqüenciamento de DNA, têm gerado uma imensa quantidade de dados, que geralmente consistem em seqüências de DNA e de proteínas. A existência e o rápido crescimento dessa grande massa de dados nos levam naturalmente à seguinte questão: como podemos transformar esses dados em relevantes informações biológicas, capazes de proporcionar a criação de novas drogas, vacinas e novos tratamentos de doenças genéticas$1 Enfim, como podemos entender, de uma forma ampla, todos os mecanismos biológicos que ditam a funcionalidade dos seres vivos$2.
É óbvio que o uso de computadores no trato desses conjuntos de dados é indispensável, tanto na maneira de interpretar as seqüências, quanto na melhor forma de armazená-las. Menos óbvio é o uso da Ciência da Computação também na descoberta de técnicas para resolver problemas mais complexos de Biologia Molecular. Esses problemas envolvem, entre outras coisas, montagem dos fragmentos, objeto principal no seqüenciamento de genomas; construção de árvores filogenéticas, que são muito úteis na classificação de espécies; descoberta de genes e para que servem; e, principalmente, a comparação de seqüências longas de DNA e de proteína, que consiste numa das principais ferramentas atuais da Biologia Molecular.
Todos esses problemas motivaram o surgimento de uma nova área de pesquisa, denominada Bioinformática, também chamada de Biologia Molecular Computacional, que vem crescendo a cada ano, principalmente devido aos inúmeros projetos genoma que surgem atualmente.